Pages

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Quem canta, a velhice espanta

"O casal Dourival e Aracy Sossai não se dá bem apenas quando está no aconchego do lar. É no palco que o entrosamento entre os dois fica ainda mais evidente. Confessos apaixonados pela música sertaneja de raiz eles cantam juntos. Já gravaram até CDs e provam que para ser feliz e praticar o que se gosta não há idade.

Fazer música para relembrar o passado, viver intensamente o presente e desenhar um futuro cheio de objetivos a serem alcançados. Esse é o pensamento de Dourival, 72 anos, e que há mais de cinco décadas toca viola e violão.

A paixão pela música caipira surgiu ainda criança, quando observava o pai e os irmãos tocarem clarinete e sanfona. Dourival percebeu que a música corria nas veias dele, no entanto, quando ganhou uma viola de presente e aprendeu a tocar sozinho. A partir daí, não parou mais.

Foi, contudo, em 1957, depois de Dourival cantar e tocar nos alto-falantes que ficavam instalados no cinema do município de São Jorge do Ivaí que ele conheceu Aracy. Bastaram alguns meses para que os dois se casassem e começassem uma dupla de sucesso dividindo o microfone e também no dia a dia.

"Eu sempre gostei de música e quando me casei com Dourival esse encantamento pelos ritmos e melodias aumentou ainda mais. Nossa casa é sempre cheia de som. Ele canta na sala e eu o acompanho na cozinha", destaca Aracy.

Segundo Dourival, nem mesmo o passar dos anos e a chegada da terceira idade é capaz de apagar aquilo que a música tem de melhor a oferecer: paz de espírito. "Quem canta e toca só se concentra na letra e nos acordes e esquece de todo o resto. Desse modo, os problemas são, pelo menos por alguns instantes, deixados de lado", afirma o músico.

Aracy concorda que a música tem a capacidade de fazer com que as preocupações sejam esquecidas, no entanto, ela ressalta outro benefício que a música trouxe para a vida dela: estreitar o relacionamento com o marido. "Como sempre estamos cantando, os anos passam e nosso casamento fica cada vez mais bonito", confessa.

As músicas compostas e interpretadas pelo casal já são sucesso em Maringá. As canções são saudosistas e cheias de emoção. Falam do passado na roça, da natureza e das relações familiares. Juntos, eles já lançaram dois CDs e pretendem, futuramente, investir em novos trabalhos. "De qualquer forma um coisa é certa: a gente não vai parar de tocar nunca", garante Dourival."

Fonte: De Fábio Castaldelli no ODIARIO

0 comentários:

Postar um comentário